Desmatamento na Amazônia
cresce 14,9%
Ritmo Aumentou em um ano,
segundo INPE;
Ministério anuncia maior
fiscalização
DEMÉTRIO WEBER
BRASÍLIA – O ritmo de
desmatamento na Amazônia cresceu 14,9% no período de um ano, entre agosto de
1999 e agosto de 2000, o que representa a devastação de 19.832 quilômetros
quadrados. É o que mostra estimativa do Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (Inpe) divulgada ontem pelo Ministério do Meio Ambiente. Com isso, o
desflorestamento na Amazônia já atinge mais de 589 mil quilômetros quadrados,
área superior à da Bahia. A projeção é preliminar e foi feita com base em
imagens coletadas por satélite. Estimativa já finalizada. com dados de agosto
de 1998 a agosto de 1999, indica que a velocidade de destruição da floresta
permaneceu estável em relação ao mesmo período anterior – a média de
desmatamento foi de 17 mil quilômetros quadrados a cada 12 meses.
O Fundo Mundial para a
Natureza (WWF) considerou o ritmo de desflorestamento “extremamente elevado” e
“insustentável a longo prazo”. “Se fo-rem mantidas as médias anuais de
desmatamento registradas na década de 90, em menos de dez anos a Amazônia
perderá uma área de floresta equivalente a todo o Estado do Acre”, diz nota
divulgada pela entidade. O documento destaca que, desde 1995, durante o governo
Fernando Henrique Cardoso, já foram destruídos 114.925 quilômetros quadrados na
região. Diante da projeção anunciada pelo Inpe, o ministério decidiu aumentar o
rigor nas autorizações de desmatamento em 43 municípios de Mato Grosso. Pará e
Rondônia. Esses Estados – têm respondido por 80% do desflorestamento nos
últimos anos. De 1997 a 1999, essas 43 cidades foram responsáveis por 5í% da
área devastada na Amazônia
[...]
O Estado de S. Paulo, São
Paulo, 15 maio 2006. (Fragmento.)
Nessa notícia jornalística
observa-se que a linguagem é objetiva, formal, segue a variedade padrão, e os
dados são precisos ("devastação de 19.832 quilômetros quadrados"). O
narrador procura informar ao leitor a realidade dos fatos sem fazer observações
pessoais, e emprega a 3ª pessoa ("desmatamento na Amazônia cresceu").
A notícia apresenta quatro
partes principais:
* a manchete ou título
principal: "Desmatamento na Amazônia cresce 14,9%";
* o título auxiliar: "Ritmo
aumentou em um ano segundo INPE; ministério anuncia maior fiscalização”;
* o lide (do inglês lead),
que corresponde a todo o primeiro parágrafo;
* o corpo ou texto da
notícia, que vai do segundo parágrafo até o fim.
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