segunda-feira, 4 de junho de 2012


Desmatamento na Amazônia cresce 14,9%

Ritmo Aumentou em um ano, segundo INPE;
Ministério anuncia maior fiscalização


DEMÉTRIO WEBER
BRASÍLIA – O ritmo de desmatamento na Amazônia cresceu 14,9% no período de um ano, entre agosto de 1999 e agosto de 2000, o que representa a devastação de 19.832 quilômetros quadrados. É o que mostra estimativa do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgada ontem pelo Ministério do Meio Ambiente. Com isso, o desflorestamento na Amazônia já atinge mais de 589 mil quilômetros quadrados, área superior à da Bahia. A projeção é preliminar e foi feita com base em imagens coletadas por satélite. Estimativa já finalizada. com dados de agosto de 1998 a agosto de 1999, indica que a velocidade de destruição da floresta permaneceu estável em relação ao mesmo período anterior – a média de desmatamento foi de 17 mil quilômetros quadrados a cada 12 meses.
O Fundo Mundial para a Natureza (WWF) considerou o ritmo de desflorestamento “extremamente elevado” e “insustentável a longo prazo”. “Se fo-rem mantidas as médias anuais de desmatamento registradas na década de 90, em menos de dez anos a Amazônia perderá uma área de floresta equivalente a todo o Estado do Acre”, diz nota divulgada pela entidade. O documento destaca que, desde 1995, durante o governo Fernando Henrique Cardoso, já foram destruídos 114.925 quilômetros quadrados na região. Diante da projeção anunciada pelo Inpe, o ministério decidiu aumentar o rigor nas autorizações de desmatamento em 43 municípios de Mato Grosso. Pará e Rondônia. Esses Estados – têm respondido por 80% do desflorestamento nos últimos anos. De 1997 a 1999, essas 43 cidades foram responsáveis por 5í% da área devastada na Amazônia
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O Estado de S. Paulo, São Paulo, 15 maio 2006. (Fragmento.)



Nessa notícia jornalística observa-se que a linguagem é objetiva, formal, segue a variedade padrão, e os dados são precisos ("devastação de 19.832 quilômetros quadrados"). O narrador procura informar ao leitor a realidade dos fatos sem fazer observações pessoais, e emprega a 3ª pessoa ("desmatamento na Amazônia cresceu").

A notícia apresenta quatro partes principais:

* a manchete ou título principal: "Desmatamento na Amazônia cresce 14,9%";
            * o título auxiliar: "Ritmo aumentou em um ano segundo INPE; ministério anuncia maior fiscalização”;
* o lide (do inglês lead), que corresponde a todo o primeiro parágrafo;
* o corpo ou texto da notícia, que vai do segundo parágrafo até o fim.

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