terça-feira, 26 de junho de 2012

TRABALHO LITERATURA ( PROFESSORA LENILZA ) 3° ANO.


Colégio QI – Litoral Sul
Grupo: Misael Mendes
              Flávia Regina
              Edith Diniz
              Wellyson Alves
               Anderson Rodrigues
              Matheus Henrique

Profª: Lenilza




“Eu” poesias  
- Trabalho sobre a vida e a obra de Augusto dos Anjos -







            
















    No Engenho do Pau d’Arco, na Paraíba, nas ruas do Recife e João Pessoa, nos primeiros anos deste século, cismava, sofria, escrevia poemas, um homem jovem, magro e taciturno, que se tornaria conhecido na história da literatura brasileira pelo nome de Augusto dos Anjos.
















                        Sobre o autor
            Augusto de Carvalho Rodrigues dos Anjos nasceu em 20 de abril de 1884, num engenho de açúcar da Paraíba do Norte, no instante em que o abolicionismo começou a crescer, com a presença atuante de Joaquim Nabuco e Rui Barbosa na tribuna parlamentar, de José do Patrocínio na imprensa e nos comícios populares, de Saldanha Marinho no foro, de André Rebouças à frente da Confederação Abolicionista, ondas que levariam num arrastão o barco monárquico, que não tardará a ir a pique.
            Até 1908, até pois os 24 anos, Augusto dos Anjos viveu no Engenho Pau d’Arco, de onde se afastava periodicamente para breves estadas na Paraíba ou no Recife. Fez todos os exames preparatórios no Liceu Paraibano, e todo o curso na Faculdade de Direito, no regime que então se denominava "exame vago", facultado aos alunos que não tivessem frequência regular, condicionando-os à arguição de toda a matéria e não apenas do ponto sorteado. Daí a sua ausência quase absoluta, a sua não participação do movimento estudantil em Pernambuco.
            O adolescente impressionava pela magreza e aspecto doentio, descritos por Orris Soares e José Américo de Almeida. É deste o retrato traçado por mão de mestre, o mais interessante, senão o mais fiel: "mais alto do que baixo, franzino e recurvo, tez encerada de moreno pálido, a fronte alongada e uns grandes olhos sem mobilidade. As mãos eram afiladas e moles, mãos de tímido. [...] Usava um bigode mínimo, como um debrum. O andar era inseguro com os ombros lançados para a frente e o peito mais reentrante do que o seu natural. Um passo leve, tateante, como se marchasse na ponta dos pés." Evidentemente, o poeta não se impunha pelo físico. Muito menos pela comunicabilidade. Homem de poucos amigos, enrustido, abrindo-se só com os íntimos, e com estes afável e prestativo, sua personalidade, contudo forte, como que se apagava diante de estranhos. Emudecia. E, quando falava, não exercia aquele fascínio peculiar aos grandes conversadores. Não tinha gosto nem interesse em agradar as pessoas só por agradar ou pelo prazer de brilhar. Ríspido algumas vezes, distante, vago, suas qualidades eram mais negativas que positivas para abrir os caminhos da vida, inflexivelmente vedados aos tímidos.
            Augusto do Anjos teria como prêmio ao apoio da sua família à oligarquia dominante a nomeação para a cadeira de Literatura do Liceu Paraibano, em caráter interino, na vaga aberta com a eleição para deputado federal do titular efetivo, Manuel Tavares Cavalcanti. Com o irmão mais velho, Artur, como promotor público, e o mais moço, Aprígio, como redator d’A União, órgão oficial do governo, pesou também, é claro, o seu próprio prestígio, como intelectual, junto ao novo presidente, de quem se tornaria amigo. João Machado era do Brejo da Areia, terra do já falecido Doutor Agnelo Cândido Lins Fialho, pai da noiva, e com esta o poeta se casaria logo após a sua nomeação. Sendo além do mais professor de um filho do presidente, nada mais natural que as relações se estreitassem até a intimidade palaciana.
            Ao poeta parecera tão simples e natural o que pleiteava: o afastamento do cargo de professor do Liceu, com todas as garantias, de modo a possibilitar-lhe a viagem ao Rio de Janeiro, onde cuidaria da publicação do seu livro de poesias. Caso conseguisse um emprego público, uma cadeira permanente na congregação do Colégio Pedro II, por exemplo, liberaria o presidente do Estado, seu amigo, de qualquer compromisso. Até lá precisaria conservar aquele ponto de apoio, como garantia na eventualidade de um fracasso nos seus projetos literários. Mas o presidente, tão compreensivo e tolerante, tornara-se irredutível na defesa de seus princípios republicanos. Impossível dar licença a funcionário interino. Era contra tais liberalidades. Se quisesse ir para o Rio, que fosse por sua conta e risco. Tinha que demiti-lo. E mais não contasse com nova nomeação, se pensasse em voltar para a Paraíba. O Liceu não podia ficar sem professores.
            A reação fora instantânea. Retornando à sua casa, o poeta, transfigurado, comunica à esposa sua dramática resolução: "Vamos para o Rio. Nunca mais porei o pé na Paraíba." Dias depois, o primeiro navio do Lóide que passou pelo Recife trazia para o Rio de Janeiro o casal Augusto dos Anjos. Viagem de lua de mel um tanto retardada, quatro meses após o casamento.

            No Rio de Janeiro, as coisas seriam diferentes. Publicaria, logo à chegada, o seu livro, afirmação da sua personalidade independente, o Eu. E, em breve, havia de nascer-lhe o primeiro filho. Levava algum dinheiro. Não precisava do auxílio de ninguém. Nem dependeria de parentes. Faria relações com poetas, escritores e jornalistas, que lhe reconheceriam o talento, e tudo facilitariam ao novo companheiro de letras. Conquistaria, em suma, pelo próprio mérito, todas as posições que almejasse, na imprensa e no magistério.
           
O título escolhido para as suas poesias é de uma ousadia rara. Algumas das composições são perfeitamente estranhas e caracterizadas por um evidente descaso por tudo quanto constitui a moeda corrente, nas letras da nossa terra. Entretanto, passada a primeira impressão, o leitor verifica que dentro daquelas páginas palpita um espírito original, que tanto verseja – e sempre com um singular poder musical – sobre temas excessivamente bizarros, com entretece lindamente o famoso soneto Vandalismo". Tinha talento, sem dúvida, mas não devia escrever sobre coisas que repugnavam ao convencionalismo.
            Perguntassem lá pelo nome de Augusto dos Anjos. O que poderiam responder é que se tratava de um estreante, autor de nus versos extravagantes. Nada mais. O Eu, além de uma ou outra nota esparsa e dos artigos acima citados, enquadrava-se na literatura condenada dos ratés, dos inconformados, colocados à margem. Não é sem propósito que o rebelado José Oiticica, escrevendo agora para um jornal da oposição como A Época, procurava caracterizar o amigo como um dos representantes da Poesia Nova, isto é, uma poesia diferente, atuante, revolucionária. Hermes Fontes, que estreara, em 1908, com Apoteoses, saudado efusivamente pelos bem-pensantes, bandeara-se para o lado dos malditos, participando da mesma ordem de ideias. "Augusto dos Anjos é um poeta que não se confunde com os outros. É diferente dos mais pelo credo, pela fortuna e pela grande independência de pensar e dizer. Com os outros, isto é, com três ou quatro dos nossos grandes jovens poetas, ele se identifica, apenas, pela força da cultura, pela segurança, pelo brilho, pela excepcionalidade de seu estro."
            O poeta era inclassificável. O máximo que poderia obter, como ponto de referência, eram adjetivos pouco recomendáveis, como estapafúrdio, aberrante, desequilibrado. Um caso patológico. Em matéria de extravagância, aparecia na mesma linha de um Caio Monteiro de Barros, no plano político, pretendendo organizar Partido Socialista, ao mesmo tempo antimilitarista, anticapitalista, e anticlericalista.
            Nesse clima, que poderia esperar Augusto dos Anjos de seus conterrâneos? Nada. Fora proscrito da Paraíba pela oligarquia apenas ferida, mas não derrubada. João Maximiniano de Figueiredo, eleito deputado federal, não podia fazer mais, servindo ao poeta apenas para as notícias d’O País ou para as eventuais substituições no Ginásio Nacional e na Escola Normal. Tinha que esperar, esperar sempre, indefinidamente. Enquanto isso, cresciam-lhe as responsabilidades, e a família aumentava, cada ano. As cansativas aulas particulares apenas supriam os magros vencimentos de professor público. Não conseguia fixar-se ainda em coisa alguma. Essa instabilidade é a causa das frequentes mudanças de endereço, assinaladas nas cartas que escrevia para a irmã ou para Sinhá Mocinha. Em perto de três anos, que foi quanto viveu no Rio de Janeiro, residiu em dez casas de diferentes bairros, quase sempre em quartos de pensão, tudo era incerto, a não ser a sua perambulação de professor à cata de alunos.
            Em 1914, surgiu a possibilidade da nomeação para diretor do Grupo Escolar de Leopoldina, em Minas Gerais. Agarrou-se a ela como um náufrago à espera de tábua de salvação. Seu concunhado, Rômulo Pacheco, ligado à política local, obtivera o apoio do Deputado Ribeiro Junqueira, chefe todo-poderoso da região, para a iniciativa. O ordenado de apenas 330$000 pareceu vantajoso para quem certamente teria menos despesas na vida modesta e obscura que iria viver no interior. Mesmo assim, em Leopoldina, continuou a das aulas particulares.
            Leopoldina seria, para ele, algo estupendo, maravilhoso, o próprio Nirvana, como dirá em carta à Sinhá Mocinha: "Apesar da monotonia desta cidade, tenho passado bem aqui, não somente sob o ponto de vista da saúde, como também sob o da chamada vida material. Quando digo bem da vida material, quero dizer em condições melhores do que as que me infelicitavam dantes, obrigando-me ao Deus-dará das misericórdias alheias. Não maldigo entretanto a fase angustiosa que pesou sobre o um destino. Dada a compreensão, peço licença para dizer, superior, que eu tenho do mundo, foi-me ela mais propícia do que adversa à integração de minha individualidade moral e até mesmo intelectual. Aceito hoje em filosofia o finalismo otimista de Sócrates, o qual, em termos vulgares, pode ser assim enunciado: tudo quanto sucede é unicamente para o bem." Esta carta é datada de 29 de setembro. Um mês depois, precisamente, o poeta adoece, vindo a falecer em 12 de dezembro de 1914 de uma congestão pulmonar.




Sobre a obra “Eu”:

  A obra Eu, único livro de Augusto dos Anjos,  foi editada pela primeira vez em 1912. Outras Poesias acrescentaram-se às edições posteriores. Na primeira edição, a capa branca exibia o título com grandes e vermelhas maiúsculas impressas no centro. No alto, as letras pretas com o nome do autor e, em baixo, cidade, Rio de Janeiro, e data, 1912. Falecido o poeta em 1914, Órris Soares reuniu à coletânea original (Eu) a produção recente de Augusto dos Anjos, incluindo mesmo um poema inacabado, A Meretriz. A Imprensa Oficial do Estado da Paraíba editou, em 1920, Eu e Outras Poesias, prefaciado pelo organizador. Augusto dos Anjos assombrou a elite letrada do país com seus versos que não eram parnasianos, nem antecipavam o modernismo. Eram apenas seus. E tamanha era a putrefação que seus versos representavam que, ainda hoje, ele é inclassificável em uma escola, e admirado como um poeta original. Considerado pelo público e pela critica, habituados á elegância parnasiana, um livro de mau gosto, malcriado, alguns dos poemas de Eu são vistos como os mais estranhos de toda a nossa literatura, por vários motivos. Dentre eles, ressaltamos o vocabulário pouco comum, repleto de palavras com forte carga cientificista; a multiplicidade de influências literárias que recebe, tornando difícil, se não impossível, sua classificação estilística e principalmente o desespero radical com que tematiza o fim de todas as ilusões românticas, a fatalidade da morte como apodrecimento inexorável do corpo, a visão do cosmos em seu processo irreversível de demolição de valores e sonhos humanos.


"Eu, filho do carbono e do amoníaco
Monstro de escuridão e rutilância
Sofro, desde a epigênese da infância
A influência má dos signos do zodíaco."


"(...)
Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.

Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija"




 
              A obra surgida em momento de transição, pouco antes da virada modernista de 1922, é bem representativa do espírito sincrético que prevalecia na época, parnasianismo por alguns aspectos e simbolista por outros. A métrica rígida, a cadência musical, as aliterações e rimas preciosas dos versos fundiram-se ao esdrúxulo vocabulário extraído da área científica para fazer do Eu um livro que sobrevive, antes de tudo, pelo rigor da forma.

              Em outras palavras, considerando a produção literária desse poeta, pode-se dizer que traduz sua objetividade pessimista em relação ao homem e ao cosmos, por meio de um vocabulário técnico-científico-poético.

              Transformado em catecismo pelos pessimistas e em bíblia dos azarados e malditos, o livro Eu é de uma instigante popularidade, resistente a todos os modismo, impermeável às retaliações da crítica e aos vermes do tempo. Foi o poeta mais original de nossa literatura.















            Eu, única obra de Augusto dos Anjos, reúne sua obra poética. De linguagem cientificista (a minha edição tem "só" 373 notas de fim), o poeta mostra uma obsessão com a morte simultânea a sua aversão a ela. Fala de si mesmo, da doença que o vitimou (tuberculose), da humanidade, dos sentimentos, do banal; tudo pessimismo, linguagem e técnica impecável. O vocabulário e as imagens poéticas, que incluem expressões como "escarra esta boca que te beija", levaram os críticos da época a considerá-lo um poeta de mau gosto; não é verdade. Augusto dos Anjos em Eu demonstra uma visão de mundo como a de Machado que não se manifesta do mesmo modo sutil, mas é igualmente poderosa. Parnasiano na forma e simbolista nas imagens, Augusto dos Anjos é um pré-modernista e mostra nesta obra por seu estilo único e inconfundível.


                      Alguns poemas de Augusto dos Anjos
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Sobre a obra “Eu”:

  A obra Eu, único livro de Augusto dos Anjos,  foi editada pela primeira vez em 1912. Outras Poesias acrescentaram-se às edições posteriores. Na primeira edição, a capa branca exibia o título com grandes e vermelhas maiúsculas impressas no centro. No alto, as letras pretas com o nome do autor e, em baixo, cidade, Rio de Janeiro, e data, 1912. Falecido o poeta em 1914, Órris Soares reuniu à coletânea original (Eu) a produção recente de Augusto dos Anjos, incluindo mesmo um poema inacabado, A Meretriz. A Imprensa Oficial do Estado da Paraíba editou, em 1920, Eu e Outras Poesias, prefaciado pelo organizador. Augusto dos Anjos assombrou a elite letrada do país com seus versos que não eram parnasianos, nem antecipavam o modernismo. Eram apenas seus. E tamanha era a putrefação que seus versos representavam que, ainda hoje, ele é inclassificável em uma escola, e admirado como um poeta original. Considerado pelo público e pela critica, habituados á elegância parnasiana, um livro de mau gosto, malcriado, alguns dos poemas de Eu são vistos como os mais estranhos de toda a nossa literatura, por vários motivos. Dentre eles, ressaltamos o vocabulário pouco comum, repleto de palavras com forte carga cientificista; a multiplicidade de influências literárias que recebe, tornando difícil, se não impossível, sua classificação estilística e principalmente o desespero radical com que tematiza o fim de todas as ilusões românticas, a fatalidade da morte como apodrecimento inexorável do corpo, a visão do cosmos em seu processo irreversível de demolição de valores e sonhos humanos.


"Eu, filho do carbono e do amoníaco
Monstro de escuridão e rutilância
Sofro, desde a epigênese da infância
A influência má dos signos do zodíaco."


"(...)
Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.

Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija"




 
              A obra surgida em momento de transição, pouco antes da virada modernista de 1922, é bem representativa do espírito sincrético que prevalecia na época, parnasianismo por alguns aspectos e simbolista por outros. A métrica rígida, a cadência musical, as aliterações e rimas preciosas dos versos fundiram-se ao esdrúxulo vocabulário extraído da área científica para fazer do Eu um livro que sobrevive, antes de tudo, pelo rigor da forma.

              Em outras palavras, considerando a produção literária desse poeta, pode-se dizer que traduz sua objetividade pessimista em relação ao homem e ao cosmos, por meio de um vocabulário técnico-científico-poético.

              Transformado em catecismo pelos pessimistas e em bíblia dos azarados e malditos, o livro Eu é de uma instigante popularidade, resistente a todos os modismo, impermeável às retaliações da crítica e aos vermes do tempo. Foi o poeta mais original de nossa literatura.















            Eu, única obra de Augusto dos Anjos, reúne sua obra poética. De linguagem cientificista (a minha edição tem "só" 373 notas de fim), o poeta mostra uma obsessão com a morte simultânea a sua aversão a ela. Fala de si mesmo, da doença que o vitimou (tuberculose), da humanidade, dos sentimentos, do banal; tudo pessimismo, linguagem e técnica impecável. O vocabulário e as imagens poéticas, que incluem expressões como "escarra esta boca que te beija", levaram os críticos da época a considerá-lo um poeta de mau gosto; não é verdade. Augusto dos Anjos em Eu demonstra uma visão de mundo como a de Machado que não se manifesta do mesmo modo sutil, mas é igualmente poderosa. Parnasiano na forma e simbolista nas imagens, Augusto dos Anjos é um pré-modernista e mostra nesta obra por seu estilo único e inconfundível.

                           



                                  Alguns poemas de Augusto dos Anjos

O LAMENTO DAS COISAS
Triste, a escutar, pancada por pancada,
A sucessividade dos segundos,
Ouço, em sons subterrâneos, do Orbe oriundos
O choro da Energia abandonada!
É a dor da Força desaproveitada
O cantochão dos dínamos profundos,
Que, podendo mover milhões de mundos,
Jazem ainda na estática do Nada!
É o soluço da forma ainda imprecisa...
Da transcendência que se não realiza...
Da luz que não chegou a ser lampejo...
E é em suma, o subconsciente ai formidando
Da Natureza que parou, chorando,
No rudimentarismo do Desejo!




O MORCEGO
Meia-noite. Ao meu quarto me recolho.
Meu Deus! E este morcego! E, agora, vede:
Na bruta ardência orgânica da sede,
Morde-me a goela ígneo e escaldante molho.
“Vou mandar levantar outra parede...”
-- Digo. Ergo-me a tremer. Fecho o ferrolho
E olho o teto. E vejo-o ainda, igual a um olho,
Circularmente sobre a minha rede!
Pego de um pau. Esforços faço. Chego
A tocá-lo. Minh’alma se concentra.
Que ventre produziu tão feio parto?!
A Consciência Humana é este morcego!
Por mais que a gente faça, à noite ele entra
Imperceptivelmente em nosso quarto!








Centenário da Obra "Eu" de Augusto dos Anjos

Grupo: Anderson Barbosa, Ismael Philipe, Luiz de França, Mário Henrique, Suellton Gabriel, Pâmella Lourenço, Thuanny Medeiros.
Série: 2º Ano Médio
Matéria: Literatura                                                                            Prof. Lenilza


Obra "Eu"- Augusto dos Anjos





Augusto de Carvalho Rodrigues dos Anjos nasceu em 28 de abril de 1884, no Engenho do Pau d’Arco (PB). Seus pais eram proprietários de engenhos, os quais seriam perdidos alguns anos mais tarde, em razão do fim da monarquia, da abolição e da implantação da república.Foi educado pelo próprio pai até ao período antecedente à faculdade. Formou-se em Direito no Recife, contudo, nunca exerceu a profissão. Criado envolto aos livros da biblioteca do pai era dedicado às letras desde muito cedo. Ainda adolescente, o poeta publicava poesias para o jornal “O Comércio”, as quais causavam muita polêmica, por causa dos poemas era tido como louco para alguns e era elogiado por outros. Na Paraíba, foi chamado de “Doutor Tristeza” por causa de suas temáticas poéticas. Augusto dos Anjos vivenciou a época do parnasianismo e simbolismo e das influências destas escolas literárias através de seus escritores, como: Olavo Bilac, Alberto de Oliveira, Cruz e Souza, Graça Aranha, dentre outros. Porém, o único livro do escritor, intitulado “Eu”, trouxe inovação no modo de escrever, com ideias modernas, termos científicos e temáticos influenciados por sua multiplicidade intelectual. Pela divergência dos assuntos tratados pelo autor em seus poemas em relação aos dos autores da época, Augusto dos Anjos se encaixa na fase de transição para o modernismo, chamada de pré-modernismo.O poeta tinha como tema uma profunda obsessão pela morte e teve como base a ideia de negação da vida material e um estranho interesse pela decomposição do corpo e do papel do verme nesta questão. Por este motivo foi conhecido também como o “Poeta da morte”. Sua única obra marca a literatura brasileira pela linguagem e temática diferenciadas. Essa obra foi publicada em 1912, então, nesse ano (2012) comemora-se o centenário.

Algumas dicas da gramática espanhola, para o simulado do 2º bimestre




Uso de LO

O artigo neutro lo, inexistente em língua portuguesa, 
é utilizado para substantivar adjetivos e advérbios.
    Lo mejor de todo fue la fiesta.
(mejor = melhor - djetivo)
    (O melhor de tudo foi a festa.)
    La paz es lo más valioso sentimiento.
(más = mais - advérbio)
    (A paz é o mais valioso sentimento.)
Cuidado!
O artigo neutro LO é utilizado antes de adjetivo + preposição.
Se depois do adjetivo não tiver preposição,
usa-se o artigo definido masculino singular EL.
Lo bonito en un partido es ver goles.
(O bonito em uma partida é ver gols.)
El bello coche de Pablo fue muy caro.
(O belo carro de Pablo foi muito caro.)

Também se utiliza diante do pronome relativo que. Equivale a aquilo que, o que.
    Lo que me encanta en ti es tu inteligencia.
    (O que me fascina em ti é a tua inteligência.)  
¡Atención!
Nunca coloque o artigo neutro "lo" na frente de substantivos masculinos.
É muito comum os brasileiros cometerem esse erro, confundindo lo
com o(artigo masculino, em português). Substantivos masculinos aceitam
somente o artigo el.


Contração do Artigo (Contracción del Artículo)


A língua espanhola possui apenas dois tipos de contração: al e del.
AL: Preposição a + artigo el
    Voy al puerto.
    (Vou ao porto.)
DEL: Preposição de + artigo el
    Vengo del puerto.
    (Venho do porto.)


Substantivos Heterogenéricos (Sustantivos Heterogenéricos)
Ao tratarmos de conceitos e de seres inanimados, o gênero passa a ser
determinado de forma arbitrária (gênero gramatical). Devido à
origem comum do vocabulário, o gênero dos substantivos espanhóis
costuma ser o mesmo que em português, mas isso não ocorre sempre.
Nestes casos, chamamos estes substantivos de heterogenéricos,
pois possuem um gênero em espanhol e outro em português.
Espanhol
Português
la barajao baralho
la costumbreo costume
la cumbreo cume
la sonrisao sorriso
la risao riso
la narizo nariz
la salo sal
la lecheo leite
la sangreo sangue
la laboro trabalho
la perchacabide
la alarmao alarme
la cozo coice
la cremao creme
la paradojao paradoxo
la legumbreo legume
la mielo mel
la pesadillao pesadelo
la protestao protesto
la señalo sinal
las gafasos óculos
Espanhol
Português
el pétaloa pétala
el crátera cratera
el maratóna maratona
el humoa fumaça
el estantea estante
el guantea luva
el estrenoa estréia
el equipoequipe
el pantalóna calça
el viajea viagem
el paisajea paisagem
el análisisa análise
el dolora dor
el colora cor
el origena origem
el puentea ponte
el árbola árvore
el ordena ordem

ACENTUACIÓN


O acento é a maior força de uma determinada sílaba ao pronunciar uma palavra.
Ele pode ocorrer na última sílaba (aguda), na penúltima (grave),
na antepenúltima (esdrújula) ou na anterior à antepenúltima (sobresdrújula).
Na língua espanhola só existe um acento gráfico (la tilde) que se coloca
sobre a vogal da sílaba tônica.
Oxítonas (agudas)
São acentuadas as palavras terminadas em vogaln ou s.
    Exemplos: león, café, sofá, dominó, quizás,...
Paroxítonas (graves)
São acentuadas as palavras terminadas em consoanteEXCETO n e s.
    Exemplos: árbol, tórax,...
Proparoxítonas (esdrújulas)
Todas são acentuadas.
    Exemplos: oxígeno, análisis, ejército,...
"Super proparoxítonas" (sobresdrújulas)
Todas são acentuadas.
    Exemplos: explíquemela, cómpratelo,...
Obs.: são verbos no imperativo + pronome.


Regra do Hiato (Regla del Hiato)
Esta regra tem por ordem acentuar as palavras que formam um hiato,
que é a separação de uma vogal forte e de uma vogal fraca.
Neste caso, colocamos um acento na vogal fraca para assinalar
a sílaba tônica da palavra.
    Vogais fortes: A, E e O.
    Vogais fracas: I e U.
    Exemplos: todaví a (ainda), dí a, frí o, analogí a, tecnologí a, ba ú,
garú a (garoa), pa ís, grú a(guincho), ma í(milho), continú a,...


3° Ano Geografia Prof. Victor Junior QI - SUL

Conteúdos para o Simulado do 2° Bimestre

Simulado ENEM/PSS

- Distribuição e crescimento populacional.

- Controle de natalidade e estrutura etária.

- Estrutura Econômica e IDH.

- Evolução dos Transportes.

- Transportes no Brasil.

Bom Estudo.
Prof. Victor Junior.

2° Ano Geografia Prof. Victor Junior QI - SUL

Conteúdos Para o V.A e Simula do 2° Bimestre

V. A 2° Bimestre

Conteúdo do caderno:

- Confronto de ideias: Capitalismo X Socialismo.

- A geopolítica no século XX.

 Simulado

- conteúdo do livro do primeiro Bimestre ministrado no segundo:

- Evolução dos meios de transportes.

- Transportes no Brasil.

Bom estudo.
Prof. Victor Junior

sábado, 23 de junho de 2012

TRABALHO DE FILOSOFIA

Q.I. – Questão de Inteligência – Litoral Sul
Grupo: Anderson Barbosa, Ismael Philipe, Luiz de França, Mário Henrique, Suellton
Gabriel, Pâmella Lourenço, Thuanny Medeiros.
Série: 2º Ano Médio
Matéria:Filosofia
Professora: Luana
Tema: O Contrato Social para:
- Tomas Hobbes
- John Locke
- Jean Jacques Rousseau





Introdução
Contrato social indica uma classe abrangente de teorias que tentam explicar os caminhos que levam as pessoas a formar Estados e/ou manterem a ordem social. Essa noção de contrato traz implícito que as pessoas abrem mão de certos direitos para um governo ou outra autoridade a fim de obter as vantagens da ordem social. Nesse prisma, o contrato social seria um acordo entre os membros da sociedade, pelo qual reconhecem a autoridade, igualmente sobre todos, de um conjunto de regras, de um regime político ou de um governante.
O ponto inicial da maior parte dessas teorias é o exame da condição humana na ausência de qualquer ordem social estruturada, normalmente chamada de "estado de natureza". Nesse estado, as ações dos indivíduos estariam limitadas apenas por seu poder e sua consciência. Desse ponto em comum, os proponentes das teorias do contrato social tentam explicar, cada um a seu modo, como foi do interesse racional do indivíduo abdicar da liberdade que possuiria no estado de natureza para obter os benefícios da ordem política.
As teorias sobre o contrato social se difundiram entre os séculos XVI e XVIII como forma de explicar ou postular a origem legítima dos governos e, portanto, das obrigações políticas dos governados ou súditos. Thomas Hobbes (1651), John Locke (1689) e Jean-Jacques Rousseau (1762) são os mais famosos filósofos do contratualismo.




Assunto
Hobbes vê o contrato social como a solução para a superação tanto da violência como da insegurança coletiva existentes no Estado da Natureza e como o alicerce da constituição do corpo político - o Estado - necessário a sobrevivência do Homem em Sociedade. Contudo, o pacto social, para Hobbes, só é obrigatório e legitimo se alcança plenamente o fim para o qual foi firmado: a segurança e o bem-estar da Coletividade. Neste sentido, o titular da Soberania - o Estado Absoluto - é legítimo na medida em que garante a paz e o bem comum à todos que vivem sob sua égide. John Locke, o contrato social é definido ou explicado, não como um fato empírico, como algo que efetivamente aconteceu num certo momento histórico, e, consequentemente, como uma forma de explicar a formação do político, mas antes como um princípio ético-normativo ou ético-politico, como princípio relativo: aquilo que deu origem a uma sociedade civil e que a estabeleceu não foi senão o consentimento de um certo número de homens livres capazes de serem representados.
Tal consentimento, dito original compacto, teria, aliás, dois momentos fundacionais: primeiro, o da constituição da commonwealth, pela liberdade de consentimento, aquilo que qualifica como contrato de sociedade; depois, o momento da instituição do fiduciary trust, onde a maioria trata de atribuir o poder a um determinado governo. Rousseau, No início, Rousseau questiona porque o homem vive em sociedade e porque se priva de sua liberdade. Vê num rei e seu povo, o senhor e seu escravo, pois o interesse de um só homem será sempre o interesse privado. Os homens para se conservarem, se agregam e formam um conjunto de forças com único objetivo. No contrato social, os bens são protegidos e a pessoa, unindo-se às outras, obedece a si mesma, conservando a liberdade. O pacto social pode ser definido quando "cada um de nós coloca sua pessoa e sua potência sob a direção suprema da vontade geral". O "Contrato social", ao considerar que todos os homens nascem livres e iguais, encara o Estado como objeto de um contrato no qual os indivíduos não renunciam a seus direitos naturais, mas ao contrário, entram em acordo para a proteção desses direitos, que o Estado é criado para preservar. O Estado é a unidade e, como tal, representa a vontade geral, que não é o mesmo que a vontade de todos. A vontade de todos é um mero agregado de vontades, o desejo mútuo da maioria. Rousseau conclui seu "Contrato social" com um capítulo sobre religião.



Conclusão
O Contrato Social é a utopia política, que propõe um estado ideal, resultante de consenso e que garanta os direitos de todos os cidadãos. Neste livro Rousseau procura um Estado social legítimo, próximo da vontade geral e distante da corrupção. A soberania do poder deve estar nas mãos do povo, por meio do corpo político dos cidadãos, pois “O homem nasce bom e a sociedade o corrompe”. Rousseau foi o pactuador dos cidadãos, pois em sua obra fez menção de forma clara e objetiva do que é um Contrato Social, que o mesmo diz ser um pacto social entre as pessoas, de forma precisa o então Jean mostra em seu livro que os seres humanos estão na sociedade, são a sociedade por que estão ligados por um pacto, um contrato que aos poucos vai crescendo no meio social de forma grande e correlata cheio de princípios e deveres a serem cumpridos e então necessariamente conservados não apenas de forma particular, na individualidade mais de forma coletiva onde todos os cidadãos tenham direitos e deveres iguais sem nenhuma distinção de cor, poder aquisitivo, não importa se burguês ou proletários o essencial é a igualdade e liberdade entre um contrato de direitos.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Centenário de Luiz Gonzaga

Em 2012, comemora-se o centenário de Luiz Gonzaga, o maior ídolo musical da cultura nordestina. Não é pouca coisa não! Também conhecido como Lua, o Rei do Baião está para os apreciadores do bom forró assim como Tom Jobim está para a bossa nova. Por isso, este ano as festas juninas vão ser diferentes, vão ter uma característica única. Tanto Caruaru, em Pernambuco, quanto Campina Grande, na Paraíba, dedicam ao ídolo maior a festa de São João de 2012. O centenário de Luiz Gonzaga já foi tema do desfile da escola de samba Unidos da Tijuca, campeã do Carnaval do Rio de Janeiro, e homenageado pelo desfile do Galo da Madrugada, no Recife. Luiz Gonzaga se tornou ídolo musical de abrangência nacional em uma época onde os meios de comunicação que davam espaço para a música se restringiam apenas ao rádio. Gravou seu primeiro LP de 78 rotações em 1941, com apenas quatro canções instrumentais. No tempo de Gonzaga, as redes sociais eram formadas nas praças, nos circos, em feiras livres (os supermercados não existiam) e nestes espaços, tocava de tudo. O Rei do Baião foi também uma figura importante na divulgação da imagem do Nordeste para o resto do país. O afilhado do artista, Dominguinhos, reconhece este papel de Gonzaga. "Ele era um artista político que pediu muito pelo Nordeste. Viveu toda uma época puxando a atenção para o lado nordestino, vencendo os preconceitos", afirmou. A chegada da televisão ao Brasil no início da década de 1950 revelou para o país ritmos mais urbanos, como a bossa nova e o rock. O espaço de Luiz Gonzaga ficou menor, em nível nacional. Nesse período, o músico voltou à estrada com sua vida de viajante. Seu retorno à mídia aconteceu pelas trilhas sonoras das novelas, como a de Saramandaia , de Dias Gomes. Em 1980, Luiz Gonzaga retorna ao cenário nacional, resgatado pelo seu filho, o também cantor e compositor Gonzaguinha - com quem teve uma infância tumultuada. Luiz Gonzaga Nascimento nasceu em 1912 em Exu, no Sertão do Araripe, em Pernambuco. Foi o segundo de nove filhos e cresceu ouvindo o pai tocar forró nas vilas da região. Desde os oito anos já se apresentava em festas cantando e tocando sanfona, mas só começou de maneira profissional na carreira artística em 1939, depois de se desligar do Exército Brasileiro, onde serviu por 10 anos. O sanfoneiro começou a se apresentar como músico no Rio de Janeiro com a influência de amigos que conheceu na cidade, tocando chorinho, jazz, blues e foxtrot, além de participar como calouro em programas de rádio. A década de 1940 foi marcada por grandes sucessos na vida de Lua. Além de tocar, começou também a cantar suas canções nas gravações de LP e adotou o estilo nordestino de se vestir, com o conhecido chapéu de couro, como forma de caracterizar suas apresentações. Luiz Gonzaga morreu aos 76 anos, em 1989.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

O período entre-guerras, a crise econômica de 1929 e o New Deal


Pessoal do 2º Ano iremos discutir esses tópicos na aula do dia 21/06/2012.

. O período entre-guerras
- A criação da Liga das Nações
- A paz era apenas aparente
- Os tratados pós-guerra
- Estados Unidos: conquista da hegemonia mundial
- Aumento da produção industrial
- A Europa devastada pela guerra
- Alemanha enfrenta grande crise financeira
- Sistema socialista implantado na Rússia
- Critica aos valores burgueses
- Nascimento dos grupos de esquerda

. Prosperidade econômica dos Estados Unidos na década de 1920
- Politica liberal-econômica
- Grande produção industrial
- Oferta de mão-de-obra
- Aplicação dos investimentos nas bolsas de valores
- Crescimento do mercado de ações
- O American Way of Life
- Criação das linhas de montagem da Ford
- Criação do cinema, filmes, programas, propagandas

. A grande crise econômica
- A crise de superprodução
- A quinta feira negra
- O crash da bolsa de Nova York
- Falências, desempregos, fome, miséria
- O New Deal e a saída para a crise

Transição feudo-capitalista e Estados Nacionais Modernos

Esquema da aula do dia 21/06/2012 para o 3º Ano.

. Transição feudo-capitalista
- As mudanças das técnicas agrícolas
- O crescimento populacional
- As revoltas camponesas
- As epidemias

. As monarquias feudais
- O Sacro Império Romano Germânico
- A Questão das Investiduras
- A concordata de Worms

. Estado Nacional Moderno
- Estado Nacional português
- Estado Nacional espanhol
- Estado Nacional francês
- Estado Nacional inglês

Fundamentos da Idade Moderna

Galera do 1º Ano, vejam o esquema da aula do dia 21/06/2012.

. Como definir a Idade Moderna
- As mudanças do final da Idade Média
- A tomada de Constantinopla pelos turcos otomanos
- As mudanças sociais
- As continuidades

. Formação das monarquias modernas
- A monarquia portuguesa
- A monarquia espanhola
- A monarquia francesa
- A monarquia inglesa

. Absolutismo monárquico
- O poder dos reis
- A formação dos exércitos

. Justificativas ideológicas para o absolutismo
- Nicolau Maquiavel
- Jean Bodin
- Thomas Hobbes
- Jacques Bossuet



terça-feira, 19 de junho de 2012

Centenário da obra EU e Outras Poesias.

Centenário da obra EU e Outras Poesias.




Trabalho de Literatura
Alunos: Gabriel Nunes
Jeyse Christynne
José Felipe
Leticia Maria
Lucas Emanuel
Mateus Moreira
Série: 2º ano

QI-QUESTÃO DE INTELIGÊNCIA
Grupo: Carlos Eduardo, Andressa Araújo,
Rafael Xavier, Glênio Rodrigues,
Wagner Mendonça, Diogo Ferreira,
Lysander Pereira.
Série: 3º Ano Médio Turno: Manhã Prof.ª: Lenilza



                                                 


Trabalho sobre Augusto dos Anjos                                                         e sua obra “Eu”, referente a                                                               nota bimestral.














Introdução
Augusto de Carvalho Rodrigues dos Anjos (Engenho pau D’arco (Sapé), 20 de abril de 1884  Leopoldina, 12 de novembro de 1914) foi um poeta brasileiro, identificado muitas vezes como simbolista ou parnasiano. Todavia, muitos críticos, como o poeta Ferreira Gullar, preferem identificá-lo como pré-modernista, pois encontramos características nitidamente expressionistas em seus poemas.
É conhecido como um dos poetas mais críticos do seu tempo, e até hoje sua obra é admirada tanto por leigos como por críticos literários.

Eu  é o único livro de poesia de Augusto dos Anjos, publicado no Rio de Janeiro no ano de 1912.
A obra se destaca pela visão da vida, numa espécie de réplica à idealização dos temas praticados pelo Parnasianismo. Nessa obra, o autor exprime melancolia, ao mesmo tempo em que desafia os parnasianos, utilizando palavras não-poéticas como verme, cuspe, vômito, entre outras. A obra só possuiu grande vendagem após a morte do poeta. Alguns a consideram uma obra expressionista, outros veem nela características impressionistas, sendo comumente classificada como pertencente ao pré-modernismo brasileiro. Ele também foi considerado romântico por muitos dos seus críticos brasileiros, pois sua poesia parlamentarista não agradou a todos os intelectuais negligentes da época.












Biografia
Um dos maiores biógrafos de Augusto dos Anjos é outro conterrâneo seu, o médico paraibano Humberto Nóbrega, trazendo à tona A poética carnavalizada de Augusto dos Anjos uma das críticas mais relevantes às contribuições à investigação científica sobre o EU por meio de sua obra de longo fôlego, publicada em 1962, pela editora da primeira Universidade Federal da Paraíba, na qual o biógrafo Humberto Nóbrega foi também Reitor.
Augusto dos Anjos nasceu no Engenho Pau d'Arco, atualmente no município de Sapé, Estado da Paraíba. Foi educado nas primeiras letras pelo pai e estudou no Liceu Paraibano, aonde viria a ser professor em 1908. Precoce poeta brasileiro, compôs os primeiros versos aos sete anos de idade.
Em 1903, ingressou no curso de Direito na Faculdade de Direito do Recife, bacharelando-se em 1907. Em 1910 casa-se com Ester Fialho. Seu contato com a leitura influenciaria muito na construção de sua dialética poética e visão de mundo.
Com a obra de Herbert Spencer, teria aprendido a incapacidade de se conhecer a essência das coisas e compreendido a evolução da natureza e da humanidade. De Ernst Haeckel, teria absorvido o conceito da monera como princípio da vida, e de que a morte e a vida são um puro fato químico. Arthur Schopenhauer o teria inspirado a perceber que o aniquilamento da vontade própria seria a única saída para o ser humano. E da Bíblia Sagrada ao qual, também, não contestava sua essência espiritualista, usando-a para contrapor, de forma poeticamente agressiva, os pensamentos remanescentes, em principal os ideais iluministas/materialistas que, endeusando-se, se emergiam na sua época.
Essa filosofia, fora do contexto europeu em que nascera para Augusto dos Anjos seria a demonstração da realidade que via ao seu redor, com a crise de um modo de produção pré-materialista, proprietários falindo e ex-escravos na miséria. O mundo seria representado por ele, então, como repleto dessa tragédia, cada ser vivenciando-a no nascimento e na morte.
Dedicou-se ao magistério, transferindo-se para o Rio de Janeiro, onde foi professor em vários estabelecimentos de ensino. Faleceu em 12 de novembro de 1914, às 4 horas da madrugada, aos 30 anos, em LeopoldinaMinas Gerais, onde era diretor de um grupo escolar. A causa de sua morte foi a pneumonia.
Durante sua vida, publicou vários poemas em periódicos, o primeiro, Saudade, em 1900. Em 1912, publicou seu livro único de poemas, Eu. Após sua morte, seu amigo Órris Soares organizaria uma edição chamada Eu e Outras Poesias, incluindo poemas até então não publicados pelo autor.
Curiosidades biográficas
§  Um personagem constante em seus poemas é um pé de tamarindo que ainda hoje existe no Engenho Pau d'Arco.
§  Seu amigo Órris Soares contou que Augusto dos Anjos costumava compor "de cabeça", enquanto gesticulava e pronunciava os versos de forma excêntrica, e só depois transcrevia o poema para o papel.
§  De acordo com Eudes Barros, quando morava no Rio de Janeiro com a irmã, Augusto dos Anjos costumava compor no quintal da casa, em voz alta, o que fazia sua irmã pensar que era doido.
§  Embora tenha morrido de pneumonia, tornou-se conhecida a história de que Augusto dos Anjos morreu de tuberculose, talvez porque esta doença seja bastante mencionada em seus poemas.

Obra poética
A poesia brasileira estava dominada por simbolismo e parnasianismo, dos quais o poeta paraibano herdou algumas características formais, mas não de conteúdo. A incapacidade do homem de expressar sua essência através da "língua paralítica" (Anjos, p. 204) e a tentativa de usar o verso para expressar da forma mais crua a realidade seriam sua apropriação do trabalho exaustivo com o verso feito pelo poeta parnasiano. A erudição usada apenas para repetir o modelo formal clássico é rompida por Augusto dos Anjos, que se preocupa em utilizar a forma clássica com um conteúdo que a subverte, através de uma tensão que repudia e é atraída pela ciência.
A obra de Augusto dos Anjos pode ser dividida, não com rigor, em três fases, a primeira sendo muito influenciada pelo simbolismo e sem a originalidade que marcaria as posteriores. A essa fase pertencem Saudade e Versos Íntimos. A segunda possui o caráter de sua visão de mundo peculiar. Um exemplo dessa fase é o soneto Psicologia de um Vencido. A última corresponde à sua produção mais complexa e madura, que inclui Ao Luar.
Sua poesia chocou a muitos, principalmente aos poetas parnasianos, mas hoje é um dos poetas brasileiros que mais foram reeditados. Sua popularidade se deveu principalmente ao sucesso entre as camadas populares brasileiras e à divulgação feita pelos modernistas.
Hoje em dia diversas editoras brasileiras publicam edições de Eu e Outras Poesias.

Alguns dos poemas de Augusto dos Anjos
VERSOS ÍNTIMOS
Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão - esta pantera -
Foi tua companheira inseparável!

Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.

Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.

Se a alguém causa inda pena a tua chaga, 
Apedreja essa mão vil que te afaga, 
Escarra nessa boca que te beija!
VANDALISMO
Meu coração tem catedrais imensas,
Templos de priscas e longínquas datas,
Onde um nume de amor, em serenatas,
Canta a aleluia virginal das crenças.

Na ogiva fúlgida e nas colunatas
Vertem lustrais irradiações intensas
Cintilações de lâmpadas suspensas
E as ametistas e os florões e as pratas.

Com os velhos Templários medievais
Entrei um dia nessas catedrais
E nesses templos claros e risonhos.

E erguendo os gládios e brandindo as hastas, 
No desespero dos iconoclastas 
Quebrei a imagem dos meus próprios sonhos!


Referências