Trabalho de Historia
Grupo: Alanna Lima
Andressa Araujo
e Rafael Xavier.
Serie:
3° ano
A Inglaterra nos séculos XVI a XVIII
O processo de desenvolvimento capitalista, intensificado
pela revolução comercial dos séculos XVI e XVII, estava, até então, ligado à
circulação de mercadorias. A partir da segunda metade do século XVIII,
entretanto, iniciou-se na Inglaterra a mecanização industrial, desviando a acumulação de capitais da atividade
comercial para o setor da produção. Esse fato trouxe grandes mudanças, tanto de
ordem econômica quanto social, que possibilitaram o desaparecimento dos restos das
relações e práticas feudais ainda existentes e a definitiva implantação do modo
de produção capitalista.
O início do processo industrial na Inglaterra deve-se,
principalmente, ao fato de ter sido esse o país que mais acumulou capital
durante a fase do capitalismo comercial. Nos séculos XVII e XVIII, a
Inglaterra, graças a seu poderio naval e comercial, conseguiu formar um dos
maiores impérios coloniais da época. Esse processo iniciara-se com a vitória
inglesa contra a Invencível Armada espanhola de 1588, seguido dos Atos de
Navegação de 1651, que atingiram especialmente os Países Baixos, seu maior
rival no comércio e nos mares. O coroamento veio com o Tratado de Methuen , de 1703, assinado com Portugal, que abria os mercados
portugueses e de suas colônias aos manufaturados ingleses. )
O final favorável da Guerra dos Sete Anos (1756-1763)
subjugou a França, seu último potencial concorrente na Europa. A situação após
as guerras napoleônica do início do século XIX confirmou esse cenário. Assim,
passo a passo, a política internacional inglesa foi consolidando sua supremacia
mundial, transformando-a na maior potência econômica. Seu domínio se estenderia
até o início do século XX.
Internamente, esse período foi marcado por transformações
significativas na sociedade e na economia inglesa, como a implantação de um poderoso sistema bancário e as grandes mudanças no meio rural. O Banco da Inglaterra, fundado logo após a Revolução
Gloriosa (1688-1689) e associado à Companhia das Índias, fomentou as relações
coloniais estimulando a produção de algodão, matéria-prima básica para o
processo que levou o país à Revolução Industrial. A
mecanização da indústria têxtil logo foi aplicada também ao setor metalúrgico,
tendo as instituições financeiras servido de respaldo aos crescentes
investimentos.
No campo, o estímulo à produção com técnicas e
instrumentos inovadores e o desaparecimento dos pequenos proprietários, por
causa dos cerca mentos, integraram o trabalho rural ao sistema capitalista em
desenvolvimento.
O êxodo rural provocado pelos cerca mentos permitiu que
grandes empresários e nobres-robber
barons (“os barões
salteadores”) - se apossassem de pequenas propriedades agrícolas
por compra ou processos judiciais. Paralelamente, as levas de camponeses que se
transferiram para as cidades formaram um grande contingente de
mão-de-obra disponível – o chamado exército industrial de reserva –, essencial
para a ocorrência da Revolução Industrial. Londres, por exemplo, de 1700 a 1800
era a cidade mais populosa da Europa. Devido à escassez de emprego, essa
volumosa mão-de-obra de baixíssimo preço vinha ao encontro dos anseios dos
industriais já que o custo da força de trabalho era muito pequeno, eles podiam
aplicar grandes somas de capitais em novas instalações.
Politicamente, a Revolução Gloriosa sepultou o absolutismo
ao estabelecer a supremacia do Parlamento e inaugurar o Estado liberal inglês,
pré-requisito para a plenitude capitalista burguesa que se instalaria com as
maquino faturas. A própria aristocracia inglesa, por não dispor de pensões como
acontecia na França, acabou por ver com simpatia as atividades comerciais e
industriais, integrando-se a elas muitas vezes.
Completando o quadro, a Inglaterra contava com abundância
de ferro e carvão, matérias-primas fundamentais para a construção e o
funcionamento das máquinas e para a produção de energia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário