Ao longo de seu desenvolvimento, o movimento renascentista rompeu os limites das cidades italianas para assim se manifestar em outros grandes centros urbanos da Europa Moderna. Na região dos Países Baixos e Flandres observamos a consolidação de uma rica burguesia mercantil que investia grandes quantidades no financiamento de vários artistas locais. Em muitos casos, os artistas flamengos pintavam retratos, cenas do cotidiano ou temas religiosos.
Neste âmbito, os irmãos Van Eyck e Pieter Brueghel tiveram seus quadros marcados pela representação das festas populares e de homens comuns da sociedade daquela época. Outro grande pintor desse mesmo contexto foi Hieronymus Bosch, responsável por uma obra que se singularizou pela construção de cenas fantásticas e oníricas, que, em certa medida, antecipou os surrealistas do século XX.
Em território francês, François Rabelais (1483 – 1553) marcou seu nome na literatura ao construir narrativas onde explorava imagens grotescas e situações de tom carnavalesco para pensar a sociedade de sua época. “Gargântua e Pantagruel” foi sua grande obra, na qual observamos a exploração de todos esses elementos que marcaram sua escrita. Já na filosofia, Montaigne (1533 – 1592) expõe a questão do equilíbrio entre o homem e o universo em “Ensaios”, a mais importante de suas obras.
Após os vários conflitos de ordem externa e interna, a Inglaterra só veio a firmar seu lugar na arte renascentista no século XVI. Thomas Morus (1478 – 1535) teve destaque ao formular uma sociedade perfeita, tolerante e baseada em princípios racionais em sua obra, “Utopia”. Outro nome de grande destaque na literatura inglesa desse período foi o de William Shakespeare (1564-1616), que escreveu várias peças teatrais famosas por seus personagens de rica profundidade psicológica.
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